A Comissão de Direitos Humanos da ONU iniciou uma investigação sobre os abusos contra prisioneiros iraquianos, e pediu nesta terça-feira aos militares americanos que processem os guardas envolvidos nos acontecimentos. A comissão usará como base os dados divulgados pela imprensa, pelas forças de ocupação no Iraque, pelas agências humanitárias e seu pessoal não-iraquiano no Iraque porque não pode viajar para o país, disse o porta-voz José Díaz. A ONU retirou seu pessoal internacional do Iraque depois de uma explosão em seus escritórios de Bagdá em agosto, alegando que havia pouca segurança. Bertrand Ramcharan, o comissário interino da agência, "une sua voz às expressões de repugnância contra as versões e as fotografias que descrevem os abusos cometidos contra prisioneiros iraquianos", disse Díaz. "Tais incidentes deveriam ser investigados e os responsáveis deveriam ser processados", acrescentou. Formou-se um coro de críticas no âmbito internacional aos supostos abusos contra prisioneiros depois que a rede americana de televisão CBS transmitiu imagens mostrando iraquianos nus, encapuzados e torturados por seus captores americanos.
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