Comissão de Direitos Humanos da ONU sofre críticas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas encerrou sua reunião anual de seis semanas sob uma bateria de críticas: segundo observadores, a comissão estaria se dedicando mais à barganha política que à defesa das vítimas de abusos em todo o mundo. Em seu discurso de encerramento, o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, disse que os membros da comissão deveriam se afastar da política e voltar o foco para as violações. ?Não existe nada mais importante que a proteção dos direitos humanos?, disse ele. ?No entanto, houve oportunidades em que senti que ... os delegados estavam perdendo de vista o objetivo nobre de proteger os direitos humanos, no próprio órgão cujo dever é promovê-los?. Na reunião deste ano, os membros da comissão usaram manobras regimentais para impedir a discussão de supostas violações de direitos no Zimbábue, encerraram uma investigação sobre o Sudão e rejeitaram uma resolução condenando o comportamento da Rússia na Chechênia. A resolução pedindo que Cuba se deixe inspecionar por um investigador de direitos humanos foi aprovada por margem estreita, mas uma emenda condenando a recente repressão a dissidentes na ilha foi rejeitada, dando ao regime de Fidel Castro oportunidade de clamar ?vitória moral?. As vagas na comissão são preenchidas por um regime de alternância, e neste ano há um grande número de países acusados de violações representado ali: Zimbábue, Sudão, Rússia e Cuba são todos membros.

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