O Exército da Dinamarca suspendeu o repasse de prisioneiros a soldados britânicos no Iraque, porque o governo interino iraquiano reinstalou a pena de morte, anunciou o Ministério da Defesa do país nórdico. Os soldados dinamarqueses, que operam sob comando do Exército da Grã-Bretanha no Iraque, entregaram no passado recente supostos insurgentes e criminosos às forças britânicas. Um acordo preliminar e pouco claro com Londres determina que os dinamarqueses devem aprovar qualquer transferência de detentos em poder das forças britânicas, se os suspeitos correrem risco de execução pelas autoridades iraquianas. Entretanto, não ficou claro como a Grã-Bretanha daria essas garantias no caso de os prisioneiros caírem nas mãos de autoridades iraquianas soberanas que reinstituíram a pena de morte no último domingo. Em Londres, o Ministério da Defesa da Grã-Bretanha comentou que, como seus soldados normalmente promovem patrulhas conjuntas com as forças iraquianas, os suspeitos ficam automaticamente sob custódia do Iraque. A Convenção Européia de Direitos Humanos obriga tanto a Dinamarca quanto a Grã-Bretanha a não extraditar prisioneiros que corram o risco de execução, já que a pena capital é proibida pela União Européia. Os britânicos argumentam que os acordos europeus sobre a pena capital não se aplicam em território iraquiano.