A Coréia do Sul disse nesta quinta-feira que irá banir a entrada de funcionários do governo norte-coreano sob a restrição da ONU. Este será o primeiro movimento concreto de Seul no sentido de fazer vigorar as sanções impostas após o teste nuclear realizado pelo norte, no início de outubro. O ministro da Unificação Lee Jong-seok disse ainda que Seul irá controlar as transações e remessas relativas ao comércio entre as Coréias e investimentos, com os funcionários norte-coreanos, segundo informação da agência de notícias Yonhap. Um comitê da ONU sobre as sanções, criadas em razão do teste nuclear realizado em 9 de outubro, tem trabalhado para definir como irá implementá-las. Enquanto isso, o ministro do Exterior do Japão negou a informação de que o seu governo planeja um encontro com os EUA e com a Coréia do Sul no início de novembro para solidificar uma posição comum sobre o impasse nuclear norte-coreano. A informação negada surgiu entre preocupações crescentes de que a Coréia do Sul estaria hesitante em se unir aos EUA e Japão para punir a Coréia do Norte. A decisão desta quinta-feira de Seul, de começar a implementar as sanções, surge um dia após a Coréia do Norte alertar seu vizinho contra a imposição de punições, e um dia após a secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice pedir gentilmente à Coréia do Sul por um maior comprometimento com as sanções. Rice disse que os EUA não deseja falar a Seul como ele deve coexistir com seu vizinho. Mas ela disse que o teste nuclear da Coréia do Norte requer uma resposta forte. "Isso requer um forte comprometimento da Coréia do Sul", disse em Washington. A Coréia do Norte, no entanto, alertou o Sul contra as sanções. "Se as relações norte-sul entrarem em colapso devido às imprudentes sanções impostas contra nós, as autoridades sul-coreanas terão total responsabilidade por isso, e terão que pagar um alto preço", afirma uma declaração divulgada pela agência de notícias oficial do Norte. A participação da coréia do Sul na imposição das sanções é fundamental já que o país é um dos que mais ajudam o empobrecido Norte, assim como a China.