Correa ameaça retirar Equador da CIDH

Acusado de violações, presidente equatoriano exige alterações no sistema interamericano de direitos humanos

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Por Redação
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COCHABAMBA, BOLÍVIA - O presidente do Equador, Rafael Correa, declarou ontem que seu país poderá se retirar do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH) caso o organismo - que segundo o líder reflete "o novo imperialismo" - não seja submetido a alterações em seu funcionamento. O equatoriano falou após encontrar-se com seu colega boliviano, Evo Morales, em Cochabamba.

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"Se não houver mudanças, pois (iremos) refletir seriamente sobre nossa continuidade nesse Sistema Americano de Direitos Humanos, que tem tão evidentes contradições", disse. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cujo país deixou o órgão internacional há menos de um mês, alegou estar gripado e cancelou sua presença no encontro na última hora.

Correa afirmou que discutiu a possível retirada do Equador do SIDH - que é composto pela Comissão e pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e integra a Organização de Estados Americanos (OEA) - durante a reunião com Evo. Segundo o equatoriano, o organismo tem "a mesma brutalidade" do "imperialismo americano", mas com "melhores adornos".

Segundo Correa, a CIDH não pode ter sua sede em Washington nem ter financiamento dos EUA, já que o governo americano não é signatário do Pacto de San José - que estabeleceu o sistema em 1969, na Costa Rica.

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Para Correa, a assembleia da OEA prevista para ocorrer em 2014 deve determinar "mudanças substanciais" na CIDH e em seu financiamento, "para que não seja um espaço da política internacional de um país". / EFE

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