MIAMI - A comunidade cubana de Miami Beach rejeitou na segunda-feira, 11, em sua maioria, a possibilidade de o governo de Cuba abrir um consulado nesta cidade dos Estados Unidos durante uma audiência pública realizada na prefeitura.
Dezenas de cubanos estiveram presentes na audiência de hoje para mostrar sua rejeição ao prefeito de Miami Beach, Philip Levine, que cogitou a ideia de situar nessa cidade a sede consular.
"O regime cubano não representa a nação cubana", disserem os contrários ao consulado, que, em vários dos casos, narraram sua fuga de Cuba e questionaram a repressão e a violação dos direitos humanos na ilha.
No entanto, alguns poucos, falaram sobre a conveniência de se ter um consulado perto para poder realizar os trâmites para visitar seus familiares em Cuba.
Durante a histórica visita do presidente dos EUA, Barack Obama, a Cuba, em março, o prefeito Levine, que também esteve na ilha, manteve reuniões com funcionários do governo cubano, a quem manifestou a possibilidade de receber um consulado em Miami Beach, cidade vizinha a Miami, na Flórida.
O prefeito de Miami, Tomás Regalado, também expressou sua rejeição, por "razões morais", à eventual abertura do consulado geral de Cuba em Miami, por considerá-lo "uma provocação" para a "capital do exílio".
EUA e Cuba retomaram suas relações em dezembro de 2014 depois de mais de meio século de isolamento. Em julho de 2015, os dois países reabriram as embaixada em Havana e Washington. / EFE