O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia estará presente na posse de Donald Trump, em Washington, na próxima segunda-feira, 20, informou a equipe de comunicação do ex-candidato nesta quinta-feira, 16. González é reconhecido pelos Estados Unidos como o presidente eleito da Venezuela, após autoridades eleitorais venezuelanas declararem a vitória de Nicolás Maduro apesar das acusações de fraude e de falta de transparência.
O ex-candidato está agora na Costa Rica, vindo Guatemala, onde desembarcou na última terça-feira, e voltará para os Estados Unidos neste fim de semana, apenas duas semanas depois de ter se reunido com Joe Biden na Casa Branca, durante uma viagem pelas Américas em busca de apoio.

Nesta nova viagem, González deverá se reunir com membros da equipe presidencial de Trump.
Ainda não está claro como Trump irá lidar com Maduro neste segundo mandato. Embora em seu primeiro governo o republicano tenha adotado uma política totalmente linha-dura com o regime chavista, sua promessa de deportação em massa de imigrantes ilegais — incluindo milhares de venezuelanos — pode forçá-lo a adotar uma posição mais branda com o ditador em troca de favores, incluindo a permissão de voos de deportação.
Os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com a Venezuela desde 2019, descreveram o novo mandato de Maduro como uma “farsa”, a quem oferecem agora uma recompensa de 25 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
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O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que Maduro “não tinha o direito de reivindicar a presidência”, enquanto seu potencial sucessor, Marco Rubio, disse que a Venezuela “é governada por uma organização de tráfico de drogas”.
Rubio anunciou também que o modelo de licenciamento petrolífero adotado pelo governo Biden será “reexplorado” em meio ao embargo em vigor desde 2019, durante o primeiro mandato de Trump./Com AFP.