Elon Musk diz que reverteria banimento de Donald Trump do Twitter

Musk falou em um evento virtual organizado pelo jornal britânico ‘Financial Times’

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Por Redação
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Elon Musk afirmou nesta terça-feira, 10, que reverteria o banimento do ex-presidente americano Donald Trump do Twitter.

Musk, o CEO da Tesla que em breve será dono do Twitter, disse que foi um erro o microblog banir o ex-presidente. “Acho que foi uma decisão moralmente errada e completamente estúpida”.

A declaração foi feita durante um evento organizado pelo jornal britânico Financial Times sobre o futuro do carro, do qual o magnata participou virtualmente.

Elon Musk e Donald Trump em encontro em maio de 2020, durante lançamento da SpaceX Falcon 9. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo

“Eu reverteria a proibição – mas ainda não possuo o Twitter”, disse Musk, acrescentando que conversou com o cofundador da rede social, Jack Dorsey, sobre a plataforma ter “permabans”, banimentos permanentes, em usuários que violam suas políticas de conteúdo.

Em janeiro de 2021, o Twitter suspendeu permanentemente a conta do ex-presidente após considerar que ele exerceu um papel relevante na invasão do Capitólio, em Washington, no dia 6 de janeiro, após alimentar a narrativa de que a eleição presidencial teria sido fraudada. Trump tinha mais de 80 milhões de seguidores quando sua conta foi suspensa.

No mês seguinte, quando ainda se discutia se a suspensão seria definitiva, a conta de comunicação oficial da empresa enfatizou a mensagem ao retuitar uma postagem do Dictionary.com, com um link para a definição da palavra “permanente”. “Eterno, sem mudanças significativas.”

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Não foi correto banir Donald Trump; Acho que isso foi um erro.

Elon Musk, CEO da Tesla, sobre exclusão do presidente pelo Twitter

Por muito tempo, o Twitter isentou Trump e outros líderes mundiais de suas regras contra ataques pessoais, discurso de ódio e outros comportamentos. Mas em uma longa explicação postada em seu blog em 8 de janeiro, a empresa disse que os últimos tuítes de Trump representaram uma glorificação da violência quando lidos no contexto da invasão do capitólio e de planos para futuros protestos armados.

Musk disse que a decisão tomada após os tumultos de 6 de janeiro depois da derrota eleitoral de Trump “alienou grande parte do país”, defendendo que esse tipo de alienação “pode ser francamente pior” do que um único fórum onde todos podem debater.

“Isso não acaba com a voz de Trump. Vai amplificá-la entre a direita. É por isso que é moralmente errado e totalmente estúpido”, acrescentou.

O conselho do Twitter aprovou por unanimidade a compra da empresa por Musk pelo valor de US$ 44 bilhões (R$ 225 bilhões na cotação atual) no dia 25 de abril. Com cada ação avaliada a US$ 54,20, o negócio é o maior da história envolvendo redes sociais. A compra deve ser concluída ao longo de 2022 e, ao final, a empresa terá o seu capital fechado, tornando-se uma empresa privada.