A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou na segunda- feira que "fingir ser um civil ou um não combatente para enganar o inimigo viola os códigos da guerra". "Quando combatentes se vestem como civil para enganar os seus adversários estão violando as leis da guerra, porque colocam em perigo a vida de todos os iraquianos", disse Kenneth Roth, diretor executivo da HRW. Em 29 de março, um oficial iraquiano fingiu ser um taxista num controle de estrada a cargo do exército norte-americano, próximo de Najaf, para detonar uma bomba que transportava no seu veículo, matando quatro soldados norte-americanos. Posteriormente, o vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan, ameaçou em entrevista coletiva que "este tipo de ataque seria uma rotina na sua estratégia militar". Segundo o diretor da HRW, o direito internacional proíbe atacar, matar, ferir capturar ou enganar o inimigo recorrendo a métodos contrários ao código da guerra. Outros exemplos ocorrem quando combatentes usam emblemas da ONU ou da Cruz Vermelha, entre outras organizações, como medidas de proteção para não serem atacados. Na opinião da organização humanitária, os soldados no campo da batalha, receosos de serem atacados, "têm mais predisposição para abrir fogo contra civis e soldados que se rendem, o que representa também uma violação da lei internacional". Veja o especial :