EUA cometeram o "crime do século", acusam arqueólogos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Arqueólogos iraquianos acusaram o governo dos Estados Unidos de ter cometido o "crime do século" por não preservar nem defender de saques os tesouros históricos guardados nos museus de Bagdá. "O que aconteceu nos sítios arqueológicos do Iraque e o que aconteceu em nosso principal museu representam o crime do século pois a vítima foi o patrimônio cultural da humanidade", denunciou o diretor do Museu Arqueológico de Bagdá, Donny George. De acordo com ele, os Estados Unidos "tinham outras prioridades e a defesa do patrimônio artístico e cultural do Iraque, definitivamente, não era uma delas". Após a tomada da capital iraquiana, os soldados norte-americanos assistiram passivamente a saques e atos de vandalismo. Do Museu Arqueológico de Bagdá, estima-se que cerca de 170 mil peças tenham sido pilhadas. Em Paris, cerca de 30 especialistas reunidos sob o comando da Unesco afirmaram que o saque ao museu foi uma operação "planejada" e promovida por bandos organizados que se beneficiaram dessas circunstâncias. Hoje, após a insistência de clérigos muçulmanos, alguns moradores de Bagdá devolveram ao Museu Arqueológico 20 peças saqueadas. Ainda nesta sexta-feira, a Interpol e o FBI prometerem empenhar-se na caça às relíquias roubadas. Funcionários do museu no entanto, disseram que até agora não foram procurados por investigadores norte-americanos. Em Washington, um terceiro conselheiro cultural do presidente dos EUA, George W. Bush, renunciou hoje devido ao descontentamento com a incapacidade dos soldados em proteger o museu. Ontem, dois outros conselheiros presidenciais já haviam abandonado os cargos. Veja o especial :

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