EUA desejam reaproximação com o País

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A atuação do governo Dilma Rousseff ainda será observada este mês, quando o Brasil preside o Conselho de Segurança da ONU, na condição de membro não permanente. No entanto, o governo americano dificilmente reverterá sua decisão com base em suas primeiras constatações.Em visitas no ano passado, o presidente Barack Obama reiterou o apoio dos EUA ao Japão no CS e surpreendeu ao defender as pretensões da Índia, país emergente asiático de extrema relevância para as políticas externa e comercial da Casa Branca.Durante sua visita ao Brasil, a Casa Branca espera disfarçar a ausência de igual apoio, que poderia ser confundido com um menosprezo de Washington pelo País. Os americanos pretendem costurar uma relação mais estreita e cooperativa com o governo de Dilma e superar o desgaste bilateral acentuado no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse projeto começa a ser desenhado na visita de amanhã do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, à presidente brasileira. Um dos meios de ressaltar a importância conferida pelos EUA a sua relação com o Brasil foi o anúncio da visita de Obama. O esperado era a ida de Dilma a Washington em março. A decisão foi anunciada pelo próprio Obama no Estado da União, o discurso do presidente no Congresso no início de cada ano. Segundo fontes, a ida de Obama ao Brasil teria mais impacto para formalizar a virada na relação bilateral do que a presença de Dilma na Casa Branca - o que deve ocorrer ao longo de 2011. "Se Dilma viesse primeiro a Washington, a pergunta mais insistente seria quando Obama iria ao Brasil. Revertemos essa ansiedade", disse o diplomata. Os EUA têm no Brasil a fonte de seu maior superávit comercial - US$ 10,7 bilhões, em 2009. O País promove ainda a estabilidade na América do Sul e é um interlocutor relevante na discussão de temas globais. A escolha do Brasil entre os latino-americanos a serem visitados por Obama - Chile e El Salvador também foram incluídos - seguiu o critério da importância. Outros países, como a Argentina, foram descartados porque têm eleições presidenciais neste ano. A Colômbia será visitada em paralelo à Cúpula das Américas, em 2012. PARA LEMBRARNo começo do mês, o Brasil assumiu a presidência do Conselho de Segurança da ONU, com uma agenda que prevê a discussão de temas como a partilha do Sudão e a condenação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. A presidência do CS dura apenas um mês e é aberta aos membros permanentes e rotativos. Todos os países eleitos para o órgão ocupam o posto pelo menos uma vez durante o mandato de dois anos.

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