WASHINGTON - O governo dos EUA doou US$ 150 milhões ao Egito com o objetivo de ajudar seu aliado no Oriente Médio a levar adiante a transição para a democracia depois da queda do presidente Hosni Mubarak, que na semana passada renunciou à presidência egípcia depois de ter passado quase 30 anos no poder.
Veja também:Infográfico: A lenta agonia de Hosni Mubarak
Cronologia: O dia a dia da crise egípcia
TV Estadão: Alegria nas ruas do Cairo
Arquivo: A Era Mubarak nas páginas do Estado
Perfil: 30 anos de um ditador no poder
Bastidores: As últimas horas de Mubarak
O anúncio da assistência econômica foi feito nesta quinta-feira, 17, em Washington pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. "Tenho o prazer de anunciar que reprogramaremos US$ 150 milhões para o Egito para nos colocarmos em posição de apoiar a transição e ajudar a recuperação econômica do país", declarou Hillary.
As autoridades egípcias informaram que os protetos custaram somente ao setor turístico, um dos principais do país, US$ 1,5 bilhão. Greves foram feitas durante o período de manifestações e algumas paralisações ainda estão sendo mantidas pelos trabalhadores. Distúrbios no Canal de Suez também influenciaram na alta do preço do petróleo.
O Egito agora está sob o comando do Conselho Supremo do Exército. Os militares devem convocar eleições e transferir o poder para lideranças civis eleitas em no máximo seis meses. A Constituição foi suspensa e o Parlamento foi dissolvido, de acordo com as demandas dos manifestantes.
Saiba mais:Exército é novo alvo de protestos no Egito