Os Estados Unidos e a Coreia do Sul alertaram a Coreia do Norte nesta segunda-feira, 13, que irão responder “rapidamente” caso o país faça novo teste nuclear. A resposta seria através de sanções e uma possível revisão da “posição militar” americana.
Segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o governo norte-coreano fez “preparativos” que indicam o novo teste, que seria o primeiro desde 2017. “Seguimos preocupados pela perspectiva do que seria um sétimo teste nuclear”, disse.
O ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Park Jin, foi mais assertivo e declarou que o vizinho “completou os preparativos”. “Acredito que só falta uma decisão política [para o teste ocorrer]”, afirmou.
Um novo teste colocaria os Estados Unidos em uma situação delicada porque os americanos apostavam em retomar o diálogo pela “desnuclearização” da Coreia do Norte. Essa estratégia, no entanto, não surtiu efeitos até o momento, como reconhece o próprio governo de Joe Biden. Neste ano, houve lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos, incluindo intercontinentais.
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Segundo Blinken, os americanos continuarão tentando entrar em contato com a Coreia do norte para buscar uma reaproximação diplomática. Ele acrescentou que a oferta do diálogo não tem condições prévias e reiterou junto com Park Jin que os dois países estão dispostos a ajudar os norte-coreanos na resposta à pandemia, diante das dificuldades enfrentadas
“Infelizmente, até hoje, o que vemos da Coreia do Norte tem sido uma falta de resposta ou uma resposta na forma de aumento de testes de mísseis”, disse o secretário de Estado dos EUA, instando o país a “se abster de qualquer outra atividade desestabilizadora”.
Ele acrescentou que os EUA estão em contato com países aliados, como a Coreia do Sul e o Japão, para responder rapidamente caso o teste aconteça.
Esta reposta se materializaria em novas “sanções internacionais” e um maior “isolamento”, segundo o ministro sul-coreano. Isso aconteceria através de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU, uma opção que sempre encontrou a resistência da Rússia e da China, que tem direito a veto.
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Segundo afirmaram durante a coletiva, os dois chefes diplomatas debateram “formas concretas de corrigir as falhas na aplicação das sanções existentes” para evitar que elas sejam contornadas.
Blinken disse que continuará a “manter a pressão”, concentrando-se em particular naqueles que ajudam a Coreia do Norte a escapar de medidas punitivas. Além do isolamento econômico, “estamos nos preparando para todos os cenários e estamos preparados para ajustar a nossa posição militar a curto e longo prazo, na medida do necessário”, disse.
Park Jin pediu à China, que continua sendo o principal apoiador da Coreia do Norte, mas se opõe ao seu programa nuclear, a “desempenhar um papel muito positivo em convencer” o líder norte-coreano Kim Jong Un a “tomar a decisão certa”. /AFP
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