A Missão Européia de Observação para as eleições gerais da província de Aceh (Euom) fechou nesta quarta seu escritório naquela parte da Ásia, dando por encerrado temporariamente o trabalho de supervisionar a votação que finalizou um conflito separatista de mais de 30 anos. Segundo confirmou à EFE Indraneel Data, encarregado da Informação da Euom, "a missão não finalizou seu trabalho de observação das eleições regionais, já que vários membros da mesma voltarão no próximo 10 de fevereiro para observar o segundo turno". Três distritos da província, Aceh Tamiang, Aceh Barat e Aceh Barat Daya, vão ao segundo turno já que nenhum dos candidatos superou os 25% de votos necessários para evitar uma segunda votação. Na Euom, dirigida pelo eurodeputado britânico Glyn Ford participam mais de 80 pessoas. A entidade está na Indonésia desde 30 de outubro passado e foi convidada pelo governo de Jacarta e Comissão Eleitoral para supervisionar as eleições, as primeiras livres celebradas na região nas últimas três décadas. Em seu informe preliminar, a Euom qualificou o êxito das eleições "transparentes e pacíficas" de Aceh como conseqüência do Acordo de Paz de Helsinki firmado em 2005 entre o governo da Indonésia e os guerrilheiros do Movimento de Libertação de Aceh (GAM). O GAM havia vencido as eleições e um dos seus membros, o ex-combatente Irwandi Yusuf, tem obtido com o governo da região, o que não havia conseguido o grupo durante um longo conflito no qual foram mortos mais de 15 mil pessoas, na maioria civis. Uma vez finalizada o segundo turno, a Euom emitirá seu informe com uma apreciação detalhada dos erros e anormalidades detectados durante o processo eleitoral.
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