Europeus pagam salários de funcionários palestinos

É a primeira vez que membros da UE entregam ajuda diretamente aos palestinos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Alemanha, Reino Unido e Holanda contribuíram com um montante total de 21 milhões de euros para pagar 72 mil funcionários palestinos com os salários mais baixos, inferiores a 230 euros. A afirmação foi feita por Hans Duynhouwer, representante de Jerusalém do mecanismo internacional de assistência aos palestinos. Duynhouwer afirmou que a ajuda inscreve-se em um programa de assistência social e não representa um financiamento direto à Administração palestina, como informou imprensa local na quinta-feira. O mecanismo interino internacional começou a funcionar em junho de 2006 com a missão de facilitar a chegada de ajudas diretas ao povo palestino. Seu mandato foi outorgado pelo Conselho da Europa e o Quarteto para o Oriente Médio. O representante do mecanismo explicou que as ajudas tentam "dar apoio ao povo palestino mediante, por exemplo, o fornecimento de serviços públicos, como eletricidade em Gaza, para garantir a continuação da provisão a hospitais, a bombas de água e outros serviços fundamentais". O organismo busca apoiar diretamente os trabalhadores palestinos mais afetados pela atual crise econômica, como os funcionários no campo de saúde com salários mínimos e os mais necessitados. Duynhouwer indicou que desde o início do projeto até o fim de setembro, o mecanismo ajudou 98 mil pessoas com 37 milhões de euros. E acrescentou que o Quarteto expandiu a missão do mecanismo internacional para assistir, por meio de ajudas sociais, os palestinos mais necessitados, e não apenas funcionários públicos. Segundo ele, é nesse contexto que estão inseridas as ajudas humanitárias diretas de 21 milhões de euros, que esta semana foram entregues a funcionários palestinos com salários inferiores a 230 euros. Duynhouwer explicou que o mecanismo de ajudas é implementado em coordenação com a Presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), embora sejam entregues diretamente a seus destinatários. A ANP está submetida a um boicote econômico desde a ascensão ao poder do Governo do movimento islâmico Hamas, em março de 2006. Desde então, só pôde pagar uma percentagem mínima dos salários de seus funcionários. A Comissão Européia insistiu, no entanto, em que a política em relação ao Hamas segue intacta e que por enquanto continuará em vigor até que o grupo islâmico mude de posição e reconheça Israel, cesse a violência e aceite os acordos firmados entre israelenses e palestinos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.