A maior parte dos funcionários da União Européia (UE) participou da greve da categoria convocada para hoje, em protesto contra o novo estatuto dos trabalhadores, aprovado na segunda-feira pelo Conselho de ministros. As novas regras alteraram o sistema de pensão, o que descontentou a União Sindical (US) - o sindicato majoritário das institutições européias. O estatuto eleva a idade para aposentadoria de 60 para 63, assim como o número de anos para se conseguir uma pensão completa (de 35 para 37 anos). Os sindicatos criticam ainda a redução das bonificações que será aplicada aos funcionários na ativa, entre 60 e 65 anos, e aqueles com menos de 50 anos ou com menos de 20 anos de casa. Líderes sindicais afirmaram que essa modificação é inaceitável, porque não dará as mesmas condições de aposentadoria aos funcionários dos dez novos países, que farão parte da União Européia a partir de 1º de maio de 2004. O balanço da US é de que 90% dos 3 mil funcionários do Conselho atenderam à paralisação de 24 horas, enquanto estima adesão de 60% dos 16 mil funcionários espalhados em 70 edifícios das institutições comunitárias. O Parlamento Europeu foi a única instituição que não participou da greve de hoje, o que deverá acontecer em dia diferente, previsto para a próxima semana.