O ex-prefeito nova-iorquino Rudy Giuliani entrou com pedido de falência em um tribunal de Nova York nesta quinta-feira, depois de ter sido condenado na última sexta-feira, 15, a pagar US$ 148 milhões (cerca de R$724 milhões) a dois funcionários eleitorais no estado da Geórgia por difamá-los.
Na eleição presidencial de 2020, Trump perdeu por pequena margem na Georgia. Os dois funcionários disseram que as insinuações de Giuliani provocaram ameaças de morte, e eles temeram por suas vidas.
Giuliani, que foi advogado pessoal do ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021), declarou bens estimados entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões, enquanto suas dívidas são estimadas entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões, de acordo com a imprensa local. O ex-prefeito foi condenado na semana passada por acusar dois funcionários eleitorais de fraude após a eleição presidencial de 2020, na qual Trump perdeu para o atual presidente, Joe Biden.
Giuliani vem enfrentando problemas financeiros há algum tempo. De acordo com a imprensa local, ele ainda não pagou a multa de US$ 200 mil imposta a ele pelas autoridades em agosto pelo mesmo caso.
Em uma declaração divulgada pelo jornal “The New York Times”, o assessor político de Giuliani, Ted Goodman, disse que a falência “não deveria ser uma surpresa para ninguém” e enfatizou que sua decisão lhe dará tempo para recorrer da decisão do tribunal.
O ex-prefeito defendeu que sua conduta é protegida pela liberdade de expressão. Trump é acusado em dois processos judiciais: um em um tribunal federal em Washington e outro em um tribunal estadual na Geórgia, por suas tentativas de reverter o resultado das eleições de 2020.
Giuliani é acusado no processo da Geórgia como cúmplice do republicano no esquema criminoso. De acordo com a imprensa local, o ex-prefeito pediu, sem sucesso, dinheiro a Trump para cobrir os custos de seus processos judiciais./EFE
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