TEGUCIGALPA - O governo de Honduras decretou, na madrugada deste sábado, 2 (noite de sexta-feira no horário local), um estado de exceção que restringe as garantias à livre circulação para frear as violentas manifestações que se registram em diferentes regiões do país. Os protestos contra supostas fraudes na eleição presidencial deixaram um morto e 20 feridos. Os manifestantes da oposição exigem que se conceda a Salvador Nasralla a vitória nas eleições do útlimo domingo.
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O decreto executivo aprovado pelo presidente Juan Orlando Hernández afirma que "fica restringida, por um prazo de dez dias, a livre circulação de pessoas" entre as 18 horas e 6 horas locais, anunciou o coordenador dos ministros do governo, Jorge Ramón Hernández Alcerro.
O ministro Ebal Díaz acrescentou que a suspensão dos direitos constitucionais atenderá uma solicitação apresentada ao governo por parte das Forças Armadas, da Polícia, da empresa privada e câmaras de comércio. Com o decreto, o governo dá às Forças Armadas e à Polícia mais poderes para conter a onda de protestos pelo país.
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A decisão entrou em vigor a partir das 23 horas locais, mas não vale para representantes do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), representantes de partidos políticos, obervadores nacionais e internacionais e jornalistas credenciados para cobrir as eleições.
A restrição também não se aplica a trabalhadores do transporte de carga, pessoal de socorro, médico e de enfermaria, membros da segurança e justiça, funcionários do Estado, membros do corpo diplomático e consular, missões internacionais e comissão nacional dos Direitos Humanos. /AFP, EFE e Reuters