Governo tailandês estuda declarar estado de exceção

Exército poderá ter poder para controlar os 80 mil seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra

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Por Efe
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Manifestantes exigem que o chefe do Executivo, Abhisit Vejjajiva, anuncie a dissolução do Parlamento

 

BANGCOC - O Governo da Tailândia decidirá neste domingo, 14, em reunião de urgência se declara estado de exceção em Bangcoc, onde mais de 80 mil manifestantes seguidores do ex-premiê tailandês Thaksin Shinawatra exigem nas ruas a imediata dissolução do Parlamento e eleições antecipadas.

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Se aprovada, a medida dará ao Exército poder para tomar o controle da segurança na capital em caso de distúrbios, anula o direito de reunião pública e autoriza o fechamento de meios de comunicação locais que as autoridades considerarem que incitam à violência.

 

A Polícia calcula que o número de manifestantes "camisas vermelhas" - chamados assim pela cor da roupa - chegue aos 100 mil devido ao crescente número de manifestantes no local da concentração, situado no centro antigo da metrópole.

 

Hoje, os líderes da manifestação, organizada pela Frente Unida pela Democracia e contra a Ditadura, deram um ultimato de 24 horas ao chefe do Executivo, Abhisit Vejjajiva, para que anuncie a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas.

 

"Se o primeiro-ministro (Abhisit Vejjajiva) não dissolve o Parlamento no domingo, tomaremos novas medidas. Estamos planejando marchar a locais estratégicos que pertençam àqueles que controlam o poder", disse à imprensa Jatuporn Prompan, um dos líderes do protesto.

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"Queremos que o poder seja devolvido ao povo", sentenciou o líder. O manifestante assegurou, no entanto, que os protestos serão feitos forma pacífica e que não ocuparão a sede do Governo ou os aeroportos.

 

Mas em função dos planos de manifestação em frente ao quartel onde o primeiro-ministro se reunirá com os altos comandantes das Forças Armadas, o chefe do Exército, general Anupong Paochinda, ordenou o reforço da segurança com 6 mil soldados adicionais, afirmou o porta-voz militar, coronel Sansern Kaewkamnerd.

 

Ao todo, mais de 50 mil soldados da Polícia e do Exército foram mobilizados para fazer a segurança da capital.

 

Em um discurso transmitido pela televisão, o primeiro-ministro Vejjajiva manifestou hoje que declarará estado de exceção em Bangcoc apenas se a situação ficar perigosa durante as manifestações contra o Governo.

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"O Governo atuará de forma rigorosa e só declarará o estado de exceção em caso de necessidade e urgência", afirma Vejjajiva em mensagem à televisão.

 

Ele reiterou que um golpe de estado piorará ainda mais a crise política na qual Tailândia está imersa desde o golpe militar de 2006.

 

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