NOVA YORK - O governo de Donald Trump processou o Estado de Nova York nesta quarta-feira, 12, por suas políticas de imigração, acusando autoridades estaduais de priorizar “estrangeiros ilegais em detrimento de cidadãos americanos”.
A procuradora-geral Pam Bondi, em sua primeira entrevista coletiva, citou especificamente a lei de “luz verde” de Nova York, que permite que pessoas no Estado obtenham uma carteira de motorista independentemente de cidadania ou status legal.

O processo, aberto em um tribunal federal em Albany, disse que a lei do Estado de Nova York era a mais flagrante, pois exigia que as autoridades estaduais “avisassem imediatamente qualquer estrangeiro ilegal quando uma agência federal de imigração solicitasse suas informações”.
Isso, segundo o processo, foi “um ataque frontal às leis federais de imigração e às autoridades federais que as administram”.
O porta-voz da governadora Kathy Hochul, Avi Small, disse que a governadora “apoia a deportação de criminosos violentos que violam nossas leis, acredita que famílias cumpridoras da lei não devem ser alvos e se coordenará com autoridades federais que tenham um mandado judicial”.
A governadora ia para Washington nesta quinta-feira para um almoço arranjado às pressas na Casa Branca com Trump, mas ela cancelou a viagem assim que Bondi anunciou o processo, de acordo com uma pessoa familiarizada com os planos da governadora, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizada a falar publicamente sobre a situação.
O processo é um novo esforço do governo federal para forçar mais cooperação na promulgação da agenda de imigração de Trump. A administração já havia entrado com um desafio semelhante contra autoridades democratas em Illinois. Cidades na Califórnia, Oregon e Connecticut, por sua vez, processaram a administração por seus esforços para negar financiamento a localidades que não fornecem toda a assistência que ela exige para apreender e deportar imigrantes indocumentados.