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Grupo suspeito luta contra Índia pela Caxemira

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Por NYT e REUTERS E AP
Atualização:

Suspeitos pelos ataques a Mumbai, os militantes paquistaneses do grupo Lashkar-e-Taiba ("Exército dos Misericordiosos") lutam contra a Índia na região da Caxemira. Eles ficaram conhecidos depois do ataque ao Parlamento indiano, em 2001, que matou dez pessoas e quase levou os dois países a uma guerra. Apesar de estar proibido no Paquistão desde 2002, o Lashkar nunca se desfez e suspeita-se que o grupo tenha se ligado a radicais paquistaneses do Taleban e da Al-Qaeda. O grupo,porém, nega ter relação com os atentados de Mumbai. O Lashkar foi criado nos anos 90 pelo combatente Hafiz Mohammad Saeed especificamente para lutar contra o que chamam de "ocupação indiana" de parte da Caxemira, de maioria muçulmana. Por muito tempo, o Lashkar foi apoiado pelo serviço de inteligência paquistanês, que também se opõe à presença indiana na região. Ajmal Amir Kamal, único terrorista preso durante os ataques a Mumbai, confirmou ontem que os atentados têm ligação direta com o grupo. A informação foi divulgada pela imprensa indiana, que citou fontes do serviço de inteligência do país. O jovem de 21 anos, que vestia uma camiseta da marca italiana Versace, disse que todos os integrantes do grupo são cidadãos paquistaneses. Kamal também confirmou que os terroristas chegaram em um barco roubado, cuja tripulação foi assassinada. Apesar de o Paquistão já ter-se posicionado oficialmente contra a atuação do Lashkar, a Índia acusa o vizinho de não combater o grupo de fato. Além do depoimento do terrorista, a polícia indiana apreendeu celulares do grupo com registro de ligações para o Paquistão.

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