O Hamas entregou neste sábado, 15, três reféns israelenses à Cruz Vermelha em Khan Yunis, na Faixa de Gaza. A libertação faz parte da sexta troca de prisioneiros com Israel, possibilitada pela trégua em vigor desde 19 de janeiro. Cerca de 369 palestinos presos por Israel começaram a ser libertados algumas horas após o movimento do Hamas.
Seguindo o cronograma já previsto, o Hamas entregou Yair Horn, um israelense-argentino de 46 anos, Sasha Trupanov, um russo-israelense de 29 anos, e Sagui Dekel-Chen, um americano-israelense de 36 anos, no sul da Faixa de Gaza.
Os três foram capturados em 7 de outubro de 2023, durante a ofensiva surpresa do grupo terrorista em território israelense que deu início à guerra.

Como em ocasiões anteriores, integrantes do Hamas, encapuzados e armados, levaram os reféns para uma plataforma. Cercados por uma paisagem de ruínas, resultado da campanha militar israelense, eles conversaram brevemente antes de serem entregues à Cruz Vermelha. Minutos depois, o exército israelense disse que havia recebido os três reféns.
Em troca, Israel deve libertar 369 prisioneiros palestinos ao longo deste sábado, pouco antes do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegar a Israel à noite. Alguns desses prisioneiros já estão em liberdade, de acordo com a agência de notícias AlJazeera.
Segundo a agência, metade dos prisioneiros libertados até o momento foram encaminhados ao hospital por apresentarem sinais de desnutrição. Os palestinos foram liberados na Cisjordânia.
Meses de negociações mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos levaram ao acordo de trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro, encerrando mais de 15 meses de combates devastadores em Gaza.
No entanto, o cessar-fogo foi abalado esta semana em meio a acusações de violação do acordo. O Hamas ameaçou adiar a libertação dos reféns programada para sábado e Israel respondeu com ameaças de retomar a guerra.
Finalmente, a intervenção do Catar e do Egito permitiu que a situação voltasse ao controle. /AFP