Hungria impõe impostos inesperados a bancos e empresas para os próximos dois anos

Premiê Viktor Orbán anunciou que ‘lucros extras’ deverão ser entregues ao Estado

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Por Redação
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BUDAPESTE - A Hungria obrigará bancos, empresas de telecomunicações, grandes redes de varejo, seguradoras, empresas de energia e companhias aéreas a pagar “grande parte de seus lucros extras” ao orçamento do Estado, anunciou o primeiro-ministro Viktor Orbán nesta quarta-feira, 25, em sua página no Facebook.

Orbán disse que os impostos especiais serão aplicados em 2022 e 2023, acrescentando que os bancos e empresas que obtêm “lucros extras” no cenário atual, que envolve guerra na Ucrânia e inflação, terão que contribuir para os custos de fortalecimento do exército húngaro e no financiamento das contas de energia das famílias.

O premiê se recusou a dar detalhes sobre a meta de receita das novas medidas. No entanto, ele disse que todos os detalhes serão revelados nesta quinta-feira, 26.

Orbán, que conquistou recentemente seu quarto mandato de quatro anos, estabilizou a economia impondo uma variedade de isenções fiscais a bancos, varejistas e empresas de energia após 2010. Isso ajudou a reduzir o déficit do país, mas também reduziu a confiança dos investidores.

Após os comentários de Orbán, o forint caiu para 39,75 contra o euro, enquanto as ações do OTP Bank caíram 4,69%.

O líder nacionalista enfrentou um aumento da inflação e colocou tetos de preços em alimentos básicos, combustíveis e hipotecas. Ele também limitou os custos de energia. /REUTERS