Indiano foi alvo de violência racial nos EUA

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Por Agencia Estado
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Frank Silva Roque, um homem acusado de matar a tiros um imigrante indiano e de disparar contra outros membros de minorias no subúrbio da cidade norte-americana de Phoenix, escolheu suas vítimas por motivos raciais, informou nesta segunda-feira o promotor do condado de Maricopa, Rick Romley, que é o responsável pelo caso. O assassinato de Balbir Singh Sodhi, um sikh, neste domingo à noite, do lado de fora de seu posto de gasolina, no bairro de Mesa, gerou protestos na Índia e um telefonema do primeiro-ministro Atal Bihari Vajpayee ao presidente George W. Bush. Fiança de US$ 1 milhão Silva Roque, de 42 anos, foi formalmente acusado por assassinato em primeiro grau, quatro tentativas de assassinato e três disparos em um carro em movimento. Ele está preso sob fiança de US$ 1 milhão. Depois de atirar em Sodhi, Silva Roque dirigiu-se a outro posto, onde disparou diversas vezes contra uma janela sem atingir um funcionário descendente de libaneses, informou a polícia. Depois, o homem dirigiu-se à casa de uma família de descendentes de afegãos, onde voltou a efetuar disparos. Ninguém ficou ferido nos dois últimos ataques, disse o sargento Mike Goulet, porta-voz da polícia em Mesa. Assédio e ataque por motivo étnico Após os ataques terroristas de terça-feira passada contra Washington e Nova York, atribuído a pessoas de descendência de países do Oriente Médio, muitos muçulmanos e árabes-americanos de todos os Estados Unidos dizem que passaram a ser atacados, ameaçados e assediados. Na Índia, a comunidade sikh expressou nesta segunda sua indignação em relação ao assassinato de Sodhi. Um membro do gabinete indiano e outros líderes sikhs reuniram-se com funcionários da embaixada americana em Nova Délhi, para pedir que o governo dos EUA dê proteção aos membros da minoria religiosa surgida há 500 anos no norte da Índia. Durante a conversa telefônica com Vajpayee, "o presidente dos EUA prontamente assegurou que tomaria medidas para prevenir este tipo de ataque", segundo o ministério de Relações Exteriores indiano. Barba e turbante Sodhi, de 49 anos, que emigrou da Índia há 10 anos, conversou com seu pai, sua mãe, sua mulher e três filhos em uma remota cidade do interior do estado de Punjab neste domingo. Seis horas mais tarde ele foi morto a tiros. Os homens sikhs, que não são nem árabes nem muçulmanos, usam barba e turbante cobrindo seus cabelos longos. Sua aparência e as facas que usam como parte de sua indumentária, lembram séculos da luta dos sikhs contra os invasores muçulmanos do Punjab, uma região agora dividida entre a Índia e o Paquistão.

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