Israel ataca campo de refugiados após atentados palestinos

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Por Agencia Estado
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Soldados israelenses atacaram nesta sexta-feira um campo de refugiados conhecido por ser uma fortaleza de militantes palestinos, após atentados contra um depósito de combustível, um calçadão e uma casa noturna em Israel. À medida que os combates prosseguiam, um assessor de Yasser Arafat dizia que o líder palestino pretende realizar eleições entre o fim deste ano e o início do próximo, mas apenas se Israel recuar para suas posições anteriores ao início da atual intifada, em 28 de setembro de 2000. No entanto, as forças israelenses pareciam estar preparadas para continuar na Cisjordânia. O Canal 2 da TV israelense informou que o Exército recebeu luz verde para iniciar uma nova ofensiva militar, inclusive incursões em cidades palestinas que poderiam durar dias. Raanan Gissin, um assessor do primeiro-ministro Ariel Sharon, disse desconhecer a aprovação do governo a uma nova ofensiva. No campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, militantes palestinos armaram uma emboscada contra soldados israelenses que estavam sobre um veículo blindado de transporte de tropas na entrada do campo. Dois soldados ficaram feridos. Na troca de tiros, um soldado caiu do veículo, disse um atirador palestino sob condição de anonimato. Em entrevista telefônica, o palestino disse ter visto dois soldados saltarem do veículo para salvar o companheiro em meio à troca de tiros. Os israelenses abriram fogo com metralhadoras e bombas. Quatro palestinos ficaram feridos, inclusive uma mulher e seu filho de quatro anos, que circulavam pelos arredores quando o tiroteio começou, revelaram fontes médicas. Soldados israelenses também tomaram posições na cidade de Tulkarem e impuseram toque de recolher. O Exército judeu vem realizando operações quase diárias para prender supostos militantes em áreas autônomas palestinas depois de uma recente ofensiva militar de mais de um mês sob o pretexto de desmantelar grupos palestinos responsáveis por uma série de atentados contra israelenses. Uma breve trégua nos ataques terminou nesta semana. No terceiro atentado em 28 horas, um militante palestino dirigiu em alta velocidade um carro cheio de explosivos na direção de uma casa noturna de Tel Aviv na madrugada desta sexta, mas foi morto por um segurança. O militante teria a intenção de explodir a discoteca "Studio 49", onde cerca de 200 pessoas se divertiam por volta da 1h local. O segurança Eli Federman, de 36 anos, disse ter visto o carro fazer uma curva em alta velocidade para depois seguir na direção da casa noturna. Ele empurrou freqüentadores para o interior do recinto e abriu fogo, atingindo o militante, que caiu do carro quando este se incendiava. "Então eu descarreguei minha arma na cabeça dele", causando a morte do militante, disse Federman. O carro estava cheio de bombas incendiárias. A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, milícia ligada ao movimento político Fatah, de Arafat, identificou o motorista como Amer Shkokani, da cidade cisjordaniana de El Bireh. Na última quarta-feira, um garoto de 16 anos transformou-se no mais jovem homem-bomba a agir no atual conflito ao detonar os explosivos atados a seu corpo em Rishon Letzion, um bairro de Tel Aviv. Dois israelenses e o militante morreram no atentado, também reivindicado pelos Mártires de Al-Aqsa. O gabinete de Arafat negou nesta sexta-feira o envolvimento da Fatah com os atentados reivindicados pelos Mártires de Al-Aqsa. A emissão do comunicado mostra a crescente divisão entre os palestinos com relação à continuidade dos atentados. Porém, nenhum grupo palestino reivindicou a autoria do atentado desta quinta-feira contra o depósito de combustível de Pi Glilot, quando uma bomba presa ao chassi de um caminhão explodiu. A boléia do veículo ficou destruída, mas não houve vítimas, e o fogo foi rapidamente controlado. O depósito, o maior de Israel, fica no centro da área mais densamente povoada dos arredores de Tel Aviv. Leia o especial

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