Israel liberta 200 prisioneiros palestinos após Hamas soltar reféns

Tel-Aviv apontou que 70 dos 200 prisioneiros libertados não poderão retornar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza por questões de segurança

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Por Redação
Atualização:

Israel libertou 200 prisioneiros palestinos neste sábado, 25, como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. A liberação ocorre após o Hamas libertar quatro reféns israelenses na manhã de hoje. Tel-Aviv optou por soltar os prisioneiros palestinos mesmo acusando o Hamas de ter violado o acordo de cessar-fogo.

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Dos 200 prisioneiros, 70 não poderão retornar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Eles foram entregues as autoridades egípcias e cruzaram a fronteira para o país vizinho. O Egito foi um dos mediadores do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Os detentos foram libertados da prisão de Ofer, na Cisjordânia, e de outra instalação perto de Bersheba, no sul de Israel, segundo o comunicado do serviço penitenciário israelense.

Ônibus da Cruz Vermelha chega a Ramallah com prisioneiros palestinos neste sábado, 25  Foto: Nasser Nasser/AP

Cerca de 120 dos prisioneiros palestinos libertados neste sábado estavam cumprindo penas de prisão perpétua por envolvimento em ataques contra israelenses, de acordo com listas fornecidas pelo escritório de prisioneiros ligados ao Hamas. Os prisioneiros libertados mais conhecidos são Mohammad Odeh, Wael Qassim e Wissam Abbasi, que foram presos em 2002 por uma série de atentados contra israelenses em áreas civis.

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Violação

O escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado, 25, que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo ao libertar reféns soldados antes de todos os civis. Netanyahu exigiu a libertação da refém Arbel Yehud, uma civil que Israel considera que está viva.

Prisioneiros palestinos libertados são celebrados por palestinos em Ramallah neste sábado, 25  Foto: Mahmoud Illean/AP

Uma fonte do grupo terrorista Hamas afirmou à Agência Reuters que Arbel Yehud está viva e será libertada no próximo sábado, 1, mas Israel exige uma prova de vida da refém. De acordo com o documento aprovado de cessar-fogo, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes dos soldados.

Em um comunicado, Netanyahu disse que permitiria a libertação dos 200 prisioneiros palestinos, mas não a volta de civis palestinos ao norte de Gaza, como estava previsto no acordo.

Prisioneiras palestinas celebram após serem libertadas por conta do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas  Foto: John Wessels/AFP

Fases do acordo

Na primeira fase do acordo, o grupo terrorista Hamas concordou em libertar 33 reféns dos quase 100 que ainda estão em Gaza em troca de mais de 1.000 palestinos que estão em prisões israelenses e uma retirada parcial das tropas de Israel em Gaza. Sete reféns já foram libertados nas últimas duas semanas.

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Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o grupo terrorista Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional./com AP e NYT

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