Israel mantém soldados em cinco posições no sul do Líbano após fim de prazo para retirada das tropas

Acordo do cessar-fogo previa retirada total do exército israelense da região nesta terça-feira

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou nesta terça-feira, 18, que as tropas do país permanecerão em cinco postos de controle no sul do Líbano. A ação ocorre mesmo após o fim do prazo fixado para a retirada total das forças israelenses previsto no acordo de trégua de 27 de novembro entre Israel e o grupo Hezbollah.

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O Exército de Israel “permanecerá em uma zona-tampão no Líbano, com cinco postos de controle, e continuará agindo de forma coercitiva e sem concessões contra qualquer violação da trégua pelo Hezbollah”, afirmou Katz em um comunicado.

Segundo o acordo de cessar-fogo, Israel deveria retirar a totalidade de suas tropas do Líbano nesta terça-feira, após um adiamento da data, inicialmente programada para 26 de janeiro.

O Exército libanês, por sua vez, anunciou que mobilizou suas tropas em várias localidades fronteiriças do sul do país.

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Um comboio da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) passa perto da vila de Blida, no sul do Líbano, na fronteira com o norte de Israel, em 17 de fevereiro de 2025 Foto: Jalaa Marey/AFP

As unidades libanesas tomaram posições em uma dezena de localidades, “em coordenação com o comitê do quinteto responsável por supervisionar o acordo de cessar-fogo (...) e com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), após a retirada das forças israelenses”, afirma um comunicado.

O acordo de cessar-fogo foi alcançado após dois meses de guerra aberta entre Israel e Hezbollah, período em que as tropas israelenses estabeleceram posições na área do Líbano que faz fronteira com o norte de Israel.

Redutos do Hezbollah no sul e leste do Líbano e ao sul da capital, Beirute, sofreram grandes danos durante os dois meses de conflito que se somaram a um ano de hostilidades transfronteiriças iniciadas após o conflito na Faixa de Gaza.

Segundo o acordo, Israel deveria ter completado sua retirada da região em 26 de janeiro e a área deveria ter a presença apenas do Exército libanês e dos capacetes azuis da ONU. Na ocasião, o prazo foi prorrogado para 18 de fevereiro.

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O Hezbollah se comprometeu a desmantelar suas infraestruturas e a transferir suas unidades para o norte do rio Litani, a quase 30 km da fronteira israelense.

Mas horas antes do fim do prazo, o Exército israelense anunciou que permaneceria temporariamente em “cinco pontos estratégicos” ao longo da fronteira para “continuar defendendo” seus habitantes e evitar uma ameaça imediata. /AFP

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