Juiz decide hoje futuro de ex-presidente guatemalteco

Otto Pérez poderá ser submetido a julgamento como parte da investigação sobre o esquema de corrupção conhecido como La Línea - do qual o ex-governante é acusado de ser um dos chefes

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GUATEMALA - O ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina conhecerá nesta terça-feira, 8, seu futuro jurídico durante uma audiência na qual o juiz Miguel Ángel Gálvez decidirá se ele será submetido a julgamento como parte da investigação sobre o esquema de corrupção conhecido como La Línea- do qual o ex-governante é acusado de ser um dos chefes.

O juiz convocou para esta terça-feira às 9h (horário local, 11h em Brasília) o acusado,seus advogados, promotores e solicitantes para dar o veredicto. Entre quinta e sexta da semana passada, o promotor do Ministério Público José Morales, com o apoio da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), acusou o ex-mandatário de formação de quadrilha, caso especial de defraudação aduaneira e suborno passivo.

Otto Perez Molina discursa durante coletiva de imprensa na Cidade de Guatemala Foto: AP Photo / Moises Castillo

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No entanto, após as alegações apresentadas pelo seu principal advogado de defesa, César Calderón, de que Pérez Molina não é importador, membro de quadrilha e não recebeu dinheiro da organização, o juiz determinou um tempo para resolver a situação jurídica do então presidente, que pouco depois renunciou. O ex-chefe de Estado, que está em prisão provisória no presídio do quartel militar de Matamoros, na capital, defendeu sua inocência na sexta-feira em uma declaração ao juiz.

O Ministério Público e a Cicig sustentam que nas investigações preliminares foramencontrados "indícios racionais" de que Pérez Molina e a ex-vice-presidente Roxana Baldetti, em prisão preventiva pelo mesmo caso, são os líderes de La Línea. A rede, que tinha como chefe operacional o foragido da Justiça Juan Carlos Monção, ex-secretário pessoal de Roxana, teria obtido pelo menos 29 milhões de quetzais (mais de R$ 14 milhões) através de subornos em fraudes aduaneiras. / EFE

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