NOVA YORK - Um patologista forense contratado pelo irmão de Jeffrey Epstein afirmou nesta quarta-feira, 30, que a autopsia realizada no corpo do empresário sugere que ele não se suicidou, mas sim que foi assassinado em sua cela.
A conclusão do médico Michael Baden contradiz a conclusão oficial divulgada em agosto ao considerar que as lesões de Epstein eram mais indicativas de estrangulamento homicida.

"As evidências apontam para homicídio e não suicídio", disse Baden à Fox News, que na década de 1970 era médico legista em Nova York e esteve presente na autópsia.
Segundo Baden, as múltiplas fraturas encontradas no pescoço de Epstein, especificamente no osso hioide e na cartilagem da tireoide, "são muito incomuns para um caso de suicídio".
Barbara Sampson, chefe da medicina forense de Nova York, determinou que ele havia cometido suicídio, um veredicto que foi contestado pelos advogados de Epstein e por seu irmão, Mark. O escritório ainda não comentou a conclusão de Baden.
Epstein foi encontrado morto no Centro Correcional Metropolitano de alta Segurança de Nova York em 10 de agosto. Ele aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de jovens de até 14 anos.
Ele negou as acusações, mas poderia pegar até 45 anos de prisão se fosse considerado culpado. Após sua morte, dezenas de testemunhos de mulheres abusadas por ele vieram à tona.
Epstein, de 66 anos, era um financista bilionário, gerente de fundos de hedge e trabalhou com várias celebridades ao longo dos anos, incluindo o príncipe Andrew do Reino Unido e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Sua morte alimentou várias teorias da conspiração, principalmente especulando que ele havia sido morto para que não revelasse informações comprometedoras sobre alguns de seus conhecidos. / AFP