A câmara alta do Parlamento japonês aprovou hoje uma lei que permite ao país apoiar os Estados Unidos no combate ao terrorismo e enviar soldados ao Afeganistão. Pela lei, no entanto, os soldados não poderão participar de combates. Eles poderão apenas transportar suprimentos, conduzir missões de resgate e enviar equipes médicas para apoiar os soldados americanos. A aprovação da lei é uma vitória para o primeiro-ministro Junichiro Koizumi, que considera a nova legislação um caminho para o Japão contribuir de maneira mais significativa com a campanha militar norte-americana. Militares japoneses deverão se reunir com seus colegas dos EUA, possivelmente na quinta-feira, para determinarem um plano para o papel do Japão na ofensiva contra o Afeganistão. Segundo a mídia japonesa, Tóquio deverá enviar ao Oceano Índico quatro navios de guerra até meados de novembro. A nova lei faz parte de um pacote maior de medidas antiterrorismo, que foi aprovado em sua totalidade hoje. Ela limita o Japão a atuar em áreas fora de zonas de batalha, para, desta forma, ficar em conformidade com a constituição pacifista do país. A constituição, que foi escrita por autoridades da Ocupação Norte-Americana depois da rendição japonesa em 1945, proíbe o Japão de usar suas forças militares como um meio de resolver disputas internacionais. A câmara alta deu sua aprovação final ao pacote com 140 votos a favor e 100 contra. A coalizão governista de três partidos teve a maioria em ambas as câmaras do Parlamento. Leia o especial