O líder norte-coreano, Kim Jong-il, prometeu a um emissário chinês que a Coréia do Norte não fará um novo teste nuclear, como o realizado no dia 9, que desatou uma crise internacional, informou nesta sexta-feira a agência sul-coreana Yonhap. Fontes diplomáticas disseram à agência Yonhap, que Kim anunciou o compromisso durante sua reunião com o enviado especial chinês e conselheiro de Estado para Assuntos Internacionais, Tang Jiaxuan, que esteve na Coréia do Norte nesta semana. Nos encontros com Tang, Kim mostrou sua disposição a um diálogo multilateral ou bilateral com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear, desde que Washington suspenda antes as sanções financeiras impostas há um ano ao regime de Pyongyang. A notícia também foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal sul-coreano Chosun Ilbo, que acrescentou que o líder norte-coreano mostrou a Tang a vontade da Coréia do Norte de negociar. Kim assegurou ao diplomata chinês que a Coréia do Norte "está disposta a ceder, se os EUA fizerem o mesmo". Neste caso, seria possível se chegar a um acordo, tanto numa reunião bilateral, como no contexto das negociações multilaterais sobre o programa nuclear Norte-coreano. A exigência norte-coreana é que os EUA retirem as sanções impostas em setembro e outubro de 2005 a um banco de Macau e a várias instituições financeiras norte-coreanas por seu suposto envolvimento em lavagem de dinheiro procedente do narcotráfico e falsificação de dólares para comprar componentes de armas. Nas conversas com Tang, o líder norte-coreano também teria expressado que lamenta o mal-estar que o teste nuclear causou entre os dirigentes chineses, que pediram insistentemente à Coréia do Norte que não realizasse o teste atômico. "Felizmente, minha visita desta vez não foi em vão", disse nesta sexta-feira Tang à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que concluiu nesta sexta-feira em Pequim sua viagem asiática. Agora ela irá a Moscou. Rice esteve ontem em Seul, aonde chegou procedente de Tóquio em uma viagem destinada a reforçar a imposição de sanções a Pyongyang em resposta ao teste nuclear do dia 9.