Santiago (Chile), 27 jun (EFE).- Mais de 50 mil pessoas participaram neste sábado em Santiago da XV edição da Parada do Orgulho Gay no país, que também contou com a presença de autoridades do governo e representantes diplomáticos, segundo informaram os organizadores.
O evento foi organizado conjuntamente pelo Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh) e pela Federação Chilena da Diversidade Sexual, que pediram uma lei de identidade de gênero, um Ministério da Diversidade e o casamento igualitário como principais reivindicações.
A atividade coincidiu com a véspera da celebração do Dia Internacional do Orgulho Gay e 24º aniversário da criação do movimento da diversidade sexual no país.
Em Santiago, uma longa e festiva passeata colorida andou cerca de dois quilômetros pela Alameda Bernardo O'Higgins, a principal avenida da capital chilena, e terminou com um show de conhecidas bandas e artistas locais.
Segundo o Movilh, os embaixadores dos Estados Unidos, Michael Hammer, e da União Europeia, Rafael Dochao, marcaram presença na marcha, assim como a ministra da Justiça e porta-voz do governo interino, Javiera Blanco.
Em declarações aos jornalistas, Blanco ressaltou a presença do governo "em convocações desta natureza, que constroem a sociedade que queremos: inclusiva, que não discrimina, tolerante".
Blanco aproveitou para ressaltar a vigência da chamada Lei Zamudio, que pune os crimes de discriminação, e do Acordo de União Civil (AUC), que entrará em vigor em outubro e que "permitirá, sem dúvidas, marcar um antes e um depois".
O AUC permitirá que o os cartórios inscrevam legalmente todos os acordos de convivência, "seja entre um homem e uma mulher, ou dois homens ou duas mulheres, podendo regular todas as consequências jurídicas derivadas disso", explicou.
O porta-voz também expressou a esperança em uma rápida tramitação legislativa do projeto de Identidade de Gênero, "que permitirá ajustar as verdadeiras identidades de gênero das pessoas com o que está inscrito no registro civil, como sexo, nome e coisas que não podiam antes". EFE
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