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Netanyahu é contra ceder Colinas de Golã à Síria

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Benjamin Netanyahu, líder nas pesquisas de intenção de voto da eleição de Israel, declarou que não abrirá mão das Colinas de Golã em troca de um acordo de paz com a Síria, numa aparente tentativa de reforçar seus viés de direita na reta final da campanha eleitoral. Os israelenses irão às urnas na terça-feira (dia 10). "As colinas de Golã não serão divididas novamente, elas continuarão nas nossas mãos", declarou durante a campanha. Netanyahu e seus aliados consideram o valor estratégico do território mais importante do que um acordo de paz. Israel capturou as Colinas de Golã da Síria em 1967, na Guerra dos Seis Dias. A Síria exige a devolução do território como condição para a paz, mas os israelenses hesitam em abdicar da região. Netanyahu, que representa o partido Likud, lidera as intenções de voto praticamente desde o anúncio das eleições, em novembro do ano passado, mas vem perdendo força nas últimas semanas, enquanto outro partido de direita, o Yisrael Beitenu - ou "Israel é a nossa casa" - ganha fôlego, com base em uma campanha baseada na expulsão dos árabes israelenses. O partido Likud é a principal voz da direita israelense há décadas, mas a perda de apoio sofrida recentemente levou Netanyahu a reforçar posicionamentos radicais no fim da campanha eleitoral. Ele visitou um assentamento na Cisjordânia na última sexta-feira (dia 6). Ao fazer isso, Netanyahu abriu espaço para um confronto com o governo dos Estados Unidos, Barack Obama, caso seu partido vença a eleição israelense. Netanyahu é contrário às negociações de paz com os palestinos e apoia os assentamentos israelenses na Cisjordânia, dois pontos que devem gerar conflitos com as políticas defendidas por Washington. Pesquisa Segundo as pesquisas de intenção de voto, o partido da situação Kadima e sua representante, a atual ministra das Relações Exteriores de Israel, ocupam a segunda posição nas pesquisas de intenção de votos. Livni não descartou devolver as Colinas de Golã em troca de um acordo de paz com a Síria. O representante do terceiro partido com mais intenções de voto, Ehud Barak, que atualmente controla o Ministério da Defesa do país, já havia oferecido o território à Síria em troca de um acordo de paz quando foi primeiro-ministro, em 2000. Os israelenses votam em partidos, não em candidatos, e os 120 assentos do parlamento são divididos de acordo com o número de votos recebido por cada um dos partidos. Desta vez, 31 partidos concorrem na eleição - maior número já registrado. As informações são de agências internacionais.

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