ONU investiga estupro de 700 mulheres na fronteira de Angola com o Congo

Soldados angolanos seriam responsáveis pelo ataque, segundo porta-voz da entidade

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Atualização:

KINSHASA - Funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) informaram neste sábado, 6, que o órgão investiga as denúncias de que cerca de 700 mulheres teriam sido estupradas na fronteira do Congo com Angola.

 

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Maurizio Giuliano, porta-voz da agência humanitária da ONU, disse que as mulheres violentadas fazem parte de um grupo de cerca de 7 mil congolesas expulsas da Angola em outubro. Segundo ele, muitas da mulheres disseram que soldados angolanos foram responsáveis pelos ataques.

 

Ele afirmou que os governos de Congo e de Angola foram convocados a investigar o caso. "Solicitamos que os governos investiguem essas alegações e que previnam violações dos direitos humanos durante expulsões futuras", disse Giuliano. Outra porta-voz do órgão, Celine Schmitt, disse na sexta que a ONU iniciará suas próprias investigações independentes ainda neste mês.

 

As denúncias ocorrem depois da divulgação de um relatório da ONU na última semana, no qual o órgão internacional informou que pelo menos 30 mulheres disseram ter sido presas, estupradas e deixadas nuas perto da fronteira entre os países africanos. Exames realizados nas mulheres confirmaram os estupros.

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Congoleses geralmente cruzam a fronteira com Angola para trabalhar como nos distritos de mineração entre os países.