O Programa de Alimentação Mundial, da Organização das Nações Unidas (ONU), irá em breve atrás de provisões para alimentar 3,5 milhões de quenianos que sofrem com as prolongadas secas, porque o órgão recebeu apenas um décimo do fundo pedido, disseram oficiais neste sábado. A agência tem uma deficiência em seus fundos de cerca de US$ 197 milhões no programa de alimentação do Quênia. O Programa Mundial de Alimentação precisa de US$ 225 milhões até fevereiro de 2007 para comprar 30 mil toneladas de comida todos os meses, mas recebeu até agora apenas US$ 28 milhões. O diretor-executivo do programa, James Morris, disse que a única alternativa para que vidas continuem sendo salvas é a doação de comida. Dúzias de pessoas morreram de fome pela seca que atingiu o nordeste do Quênia. O governo local não divulgou o número exato dessas mortes, mas declarou que a seca foi um "desastre nacional". Ajuda "Nós precisaremos de mais ajuda urgentemente para os próximos dez dias porque leva tempo para se comprar, dividir e distribuir os alimentos. Não é algo que se pode fazer da noite para o dia", afirmou Morris. "Se nós tivermos um buraco no processo, a subnutrição aumentará seriamente", concluiu. Segundo Mohamed Ibrahim, morador de um dos locais mais afetados - o município de El Wak - disse que durante a seca ele viu o número de camelos reduzir de 200 para 40. "Nós não precisamos apenas de comida, precisamos de outros tipos de ajuda", disse. "Dizem que nós precisamos mudar o modo que vivemos, mas aqui não há cidade, não há negócios, não há agricultura que podemos fazer. Então Nós usamos nossos animais como bancos."