ONU reduz número de funcionários no Afeganistão

Entidade alega motivos de segurança e só deixará oficiais essenciais no país

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Por Associated Press
Atualização:

A ONU ordenou que seus funcionários não-essenciais façam as malas e estejam prontos para deixar o Afeganistão por causa de questões de segurança. A ordem foi dada um dia depois de um ataque a uma instalação da organização em Cabul que deixou 12 mortos, segundo informou nesta quinta-feira, 29, um porta-voz da entidade.

 

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Segundo Aleem Siddique, representante da ONU, a entidade ordenou que seus empregados fiquem em suas casas e não saiam às ruas, somente em casos de extrema necessidade. O porta-voz não deu mais detalhes por motivos de segurança.

 

Um comunicado interno da ONU ordenada uma restrição ao tráfego nos dias que restam até o fim da semana e indicava que os gabinetes da entidade revisarão suas listas de funcionários essenciais e não obrigatórios, o que sugere que algumas pessoas serão retiradas do país por questões de segurança. O porta-voz também afirmou que pelo menos nove sobreviventes do ataque de quarta-feira serão levados aos Emirados Árabes.

 

Siddique afirmou que, apesar do ataque, o trabalho da ONU "continua e que, falando das eleições, a preparação está bastante avançada. O impacto que isso vai ter deverá ser avaliado no próximos dias, já que ainda é cedo para qualquer julgamento".

 

Ataque

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O atentado ao abrigo da ONU reiterou os riscos que os funcionários do órgão enfrentam no Afeganistão ao promoverem a realização do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o dia 7 de novembro.

 

O ataque deixou três integrantes afegãos cinco estrangeiros da ONU e demonstrou a facilidade com que os guerreiros taleban podem afetar a segurança de Cabul. Segundo um porta-voz dos insurgente, o objetivo do ataque era transtornar a preparação das eleições.