Uma operação militar de Israel deixou cinco palestinos mortos e cerca de 20 feridos na manhã desta terça-feira (noite de segunda-feira, no horário de Brasília), 25, na cidade de Nablus, localizada na Cisjordânia ocupada, segundo autoridades. Entre os mortos, estão o líder de um grupo armado palestino, identificado como Covil dos Leões, responsável pela morte de um soldado israelense há duas semanas.
Segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters, os militares israelenses entraram em confronto com os membros do grupo ao serem notados no território.
Israel afirmou que as forças de segurança invadiram um esconderijo usado como quartel-general e um local de fabricação de explosivos do grupo, que tem lutado com as forças israelenses nas últimas semanas. O local de fabricação de explosivos foi detonado, acrescentaram as autoridades israelenses.
Um sexto homem foi morto em um confronto separado entre os israelenses e palestinos, que faziam um protesto contra a operação e começaram a atirar pedras nos militares.
Após os conflitos, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, iniciou “contatos urgentes para acabar com a agressão”, segundo um comunicado oficial.
A área de Nablus tem sido um ponto de confronto entre israelenses e palestinos nas últimas semanas. Um grupo de jovens da Palestina, alguns filiados a organizações como Fatah, Hamas e Jihad Islâmica, começou a realizar operações anti-israelenses a partir da cidade, localizada no norte da Cisjordânia ocupada.
O novo grupo é apelidado de “Areen al-Usud”, que significa “Covil dos Leões”, em homenagem a Ibrahim al-Nabulsi, um jovem lutador apelidado de “Leão de Nablus” que foi morto no início de agosto pelas forças israelenses. Recentemente, o Areen al-Usud afirmou ter sido responsável por um ataque mortal a um soldado israelense na região há duas semanas.
Em resposta, o exército israelense reforçou o controle sobre Nablus e montou postos para identificar aqueles que saem da cidade. Realizações constantes com drones também passaram a ser feitas.
Desde o início de outubro, 22 palestinos e dois soldados israelenses foram mortos em ataques no norte da Cisjordânia, de acordo com um relatório da AFP. /AFP