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Ataque químico na Síria mata ao menos 40 pessoas; Trump responsabiliza Putin e Irã

Forças pró-Assad são acusadas de usar gás venenoso contra civis, em quebra de cessar-fogo com rebeldes

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Atualização:

BEIRUTE - Ativistas sírios, membros de equipes de resgate e médicos afirmam que um ataque com gás venenoso matou pelo menos 40 pessoas na cidade de Douma, na noite de sábado, 7, em meio a retomada da ofensiva das forças do governo sírio após a quebra de uma trégua.

Crianças recebem oxigênio através de inaladores após ataques na cidade de Douma, na Síria, que era controlada por rebeldes opositores do governo de Bashar Al-Assad; entidades acusam forças governistas de usar gás venenoso Foto: AP/Syrian Civil Defense White Helmets

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O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que pelo menos 70 pessoas foram mortas, das quais 40 teriam morrido por sufocamento.

+++ Rússia nega uso de armas químicas em ofensiva governamental contra Douma

Os socorristas ligados à oposição, conhecidos como Capacetes Brancos, também relataram o ataque, dizendo que famílias inteiras foram sufocadas em suas casas e em abrigos. 

+++ EUA pedem à Rússia que retire apoio a Assad após suposto ataque químico

Trump responsabiliza Putin e Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou diretamente neste domingo o governante russo, Vladimir Putin, e o Irã pelo suposto ataque químico ocorrido no último sábado na cidade síria de Duma, por apoiarem o governo de Bashar al Assad.

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"Muitos mortos, incluindo mulheres e crianças, em um ataque químico sem sentido na Síria. A área de atrocidades está bloqueada e cercada pelo exército sírio, por isso é completamente inacessível para o mundo exterior. O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por apoiarem o animal Assad", disse o republicano na rede social Twitter.

Soldados do governo sírio avançam sobre os arredores de Douma neste domingo, 8, após ataques levantarem suspeitas de que gás venenoso foi usado por tropas de Assad na área Foto: AFP

Na noite anterior, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, pediu à Rússia que pare de apoiar o governo sírio e colabore com a comunidade internacional para buscar uma saída para o conflito.

"A proteção do regime de Assad por parte da Rússia e a sua incapacidade para deter o uso de armas químicas na Síria questiona o seu compromisso de resolver a crise global e as maiores prioridades de não proliferação", afirmou a porta-voz.

Outro Lado

A Rússia negou categoricamente as informações sobre um suposto ataque químico realizado pelas forças governamentais da Síria no reduto rebelde da cidade de Douma, nos arredores de Damasco.

"Negamos categoricamente tal informação e, assim que for liberada a cidade de Douma dos rebeldes, nos declaramos dispostos a enviar imediatamente nossos especialistas", disse Yuri Yevtushenko, chefe do Centro de Reconciliação russa na Síria.

Vítimas protegem boca e nariz após um ataque na cidadede Duma, na Síria, em que há suspeitas do uso de gás Sarin, arma química proibida por leis internacionais Foto: Emad Aldin/EFE

O general russo explicou que os especialistas do seu país em limpeza química, biológica e radiativa "recolherão dados que confirmarão que essas declarações são fabricadas."

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Ele acusou "uma série de países ocidentais" de tentar impedir o reatamento da operação de evacuação de rebeldes de Duma, estancada há dois dias.

A agência oficial síria, a SANA, também rejeitou qualquer responsabilidade das forças sírias e garantiu que "as denúncias do uso de substâncias químicas em Douma são uma tentativa clara de impedir o progresso do Exército". / Com informações das agências AP, EFE e Reuters

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