As reformas propostas pelo regime do presidente egípcio Hosni Mubarak para sair da crise política que sacode o país são "insuficientes", segundo representantes da Irmandade Muçulmana, grupo islâmico que é a principal força da oposição.
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"A declaração é insuficiente", disse Mohamed Mursi, que participou de reunião neste domingo entre o governo e representantes de vários líderes oposicionistas. Depois da reunião, o governo anunciou um acordo pelo qual as partes formariam um comitê conjunto de juristas e políticos para implementar reformas democráticas com vistas à realização de eleições.
Manifestantes que ocupam a praça Tahrir desde 25 de janeiro, no centro do Cairo, exigem a renúncia imediata de Mubarak. O governo, no entanto, apoiado pelos Estados Unidos, busca agora promover uma transição gradual e pacífica, negociada pelo atual vice-presidente Omar Suleiman.
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