Rebeldes pedem zona de exclusão aérea, mas Kadafi promete resistir

Para ditador líbio, ação indicaria interesse dos países ocidentais em 'controlar a Líbia e roubar seu petróleo'

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BENGAZI - A liderança rebelde na Líbia fez um pedido comovido à comunidade internacional nesta quarta-feira, 9, pela imposição de uma zona de exclusão aérea que obrigue os aviões de guerra do ditador Muamar Kadafi a ficarem em terra, o que interromperia as mortes diárias que ocorrem no país. Horas antes, em entrevista transmitida pelo canal de notícias estatal da Turquia TRT, o ditador afirmou que o povo líbio lutará contra uma zona de exclusão aérea, pois isso seria uma prova de que as potências do Ocidente querem "controlar a Líbia e roubar seu petróleo".

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A Grã-Bretanha e os Estados Unidos discutiram uma zona de exclusão do espaço aéreo com apoio internacional, caso Kadafi se recuse a renunciar após a revolta popular que irrompeu em meados de fevereiro.

Os rebeldes que estão na linha de frente entre o leste da Líbia, controlada pelas forças da oposição, e o oeste, controlado pelas forças de Kadafi, estão cada vez mais frustrados com a falta de ação de Washington e do Ocidente. Os rebeldes estão constantemente usando metralhadoras para responder aos ataques dos aviões de guerra.

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"Eles tiveram uma zona de exclusão aérea no Iraque. Por que Kadafi é seu queridinho e Saddam Hussein não era?", disse o voluntário Naji Saleh à Reuters, de um local próximo à cidade de Ras Lanuf, referindo-se à zona de exclusão imposta ao Iraque durante mais de uma década.

O presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Dameron, concordaram durante uma conversa telefônica em "seguir adiante com o planejamento, incluindo a Otan, para todo o espectro de respostas possíveis, incluindo a vigilância, assistência humanitária, a imposição de um embargo de armas, e uma zona de exclusão aérea".

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deixou claro que Washington acredita que qualquer decisão para impor uma zona de exclusão aérea sobre o país seria um assunto da Organização das Nações Unidas (ONU) e não uma iniciativa liderada pelos EUA. * Texto atualizado às 12h05

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