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Refugiados da Síria superam a marca de 3 milhões

Síria se transforma na maior emergência humanitária da história da ONU

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Por Jamil Chade
Atualização:

 GENEBRA - O número de refugiados sírios supera a marca de 3 milhões de pessoas e a guerra que começou em Damasco e que entra em seu quarto ano já exige da ONU sua maior operação humanitária da história. Dados revelados nesta sexta-feira, 29, pelas Nações Unidas alertam que o conflito ganha novas proporções, obrigando milhões de pessoas a deixarem suas casas. 

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Atualmente, metade da população síria já não vive em suas casas. Um a cada oito pessoas deixou o país. Em apenas um ano, o fluxo de refugiados aumentou em um milhão. Dentro da Síria, 6,5 milhões de pessoas abandonaram suas casas e cidades. 

"Famílias estão chegando em um estado de choque, exaustas, com medo e com toda sua poupança dilacerada", declarou a ONU em um comunicado. 

O aspecto mais trágico da história é que muitos já estão fugindo do conflito há mais de um ano, saltando de vilarejo em vilarejo, até conseguir cruzar a fronteira do país. 

Segundo a ONU, a fuga tem sido cada vez mais cara, com check-points exigindo o pagamento de propinas e traficantes e grupos criminosos que chegam a cobrar US$ 100 por pessoa apenas para atravessar partes do deserto. 

O país mais afetado pelo fluxo de refugiados é o Líbano, que já recebeu 1,1 milhão de sírios. Desde o início do conflito, a população do Líbano aumentou em 25%. São outros 608 mil na Jordânia e 815 mil na Turquia. 

Esses números fazem com que os sírios tenham se transformando na maior população de refugiados do mundo sob o cuidado do Alto Comissariado de Refugiados da ONU e a operação na Síria é o maior nos 64 anos de história da entidade. 

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"A crise síria se transformou na maior emergência humanitária de nossa era", alertou o Comissário da ONU para Refugiados, Antonio Guterres. 

Segundo ele, 1,7 milhão de pessoas foram alimentadas pela ONU em 2013 e 350 mil crianças foram em escolas da entidade. 

Até hoje, a operação já custou US$ 4,1 bilhões. Mas outros US$ 2 bilhões serão necessários em 2015.

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