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Três parlamentares pró-democracia são presos em Hong Kong

Além de três parlamentares presos, outros quatro receberam intimações para se apresentarem em delegacias

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Por Redação
Atualização:

HONG KONG - A polícia de Hong Kong anunciou neste sábado, 9, a prisão de três parlamentares pró-democracia e intimou outros quatro a se apresentarem na delegacia. Todos são acusados de violência durante incidentes no parlamento em maio passado, quando a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, quis aprovar uma lei que autorizaria extradições de pessoas suspeitas de crimes para a China continental.

Parlamentar pró-democracia Gary Fan, de Hong Kong, fala com ativista antes de se apresentar à polícia. Foto: REUTERS/Thomas Peter

Esse projeto de lei levou às primeiras manifestações, há cinco meses. Desde então, os atos se tornaram um amplo movimento pró-democracia marcado por confrontos entre manifestantes e polícia. Na sexta-feira, 8, centenas de pessoas participaram de manifestações, pedindo verdade e justiça em nome de Alex Chow, estudante que morreu em decorrência de repressão policial.

Manifestantes fazem vigília na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, em memória do estudante Alex Chow. Foto: AP Photo/ Kin Cheung

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Mais protestos são aguardados para este fim de semana. Embora as circunstâncias da morte de Chow ainda não tenham sido completamente esclarecidas, muitos cidadãos culpam a polícia, acusada de aplicar táticas violentas contra a população, como o uso frequente de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

Os parlamentares detidos hoje podem ser condenados a até um ano de prisão. Lam Cheuk-ting, um dos parlamentares convocados à delegacia, disse que não iria. "Se me acusam de ter violado a lei do parlamento, venham aqui e me detenham. Espero por vocês", declarou.

O parlamento de Hong Kong é composto igualmente por parlamentares eleitos pela população e comissões favoráveis ao governo de Pequim. No dia 24 deste mês serão convocadas eleições nos conselhos de distrito, nas quais se espera uma derrota dos candidatos favoráveis a Pequim.

Desde o início dos protestos, o número de inscritos nas listas eleitorais aumentou consideravelmente e, pela primeira vez, haverá um candidato pró-democrata em cada um dos círculos eleitorais do território. "Essas eleições locais são como um referendo que permitirá que o povo de Hong Kong se expresse sobre os problemas sociais, sobre o governo injusto e a brutalidade policial com manifestantes", afirmou a parlamentar Tanya Chan. / AFP e AP

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