Partidos de Blair, Chirac, Schroeder e Berlusconi sofrem derrota nas urnas

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Por Agencia Estado
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A Europa concluiu hoje suas eleições para o Parlamento Europeu com um vencedor, a apatia, e muitos perdedores, entre eles os partidos do primeiro-minitro britânico Tony Blair, do chanceler alemão, Gerhard Schroeder, do presidente francês, Jacques Chirac, e do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. A falta de interesse dos eleitores europeus dominou a cena e, nunca na história das eleições no bloco, uma votação teve um índice tão baixo de participantes. Entre os poucos cidadãos que foram votar - cerca de 44,6% dos 350 milhões de eleitores -, a maioria aproveitou para protestar contra seus governos. A eleição, que ocorreu do Círculo Ártico ao Mar Mediterrâneo, foi a primeira votação para o Parlamento Europeu depois que dez novos membros do bloco aderiram à União Européia (UE) e se tornou a maior eleição já realizada entre vários países ao mesmo tempo. Cerca de 15 mil candidatos concorreram a 732 cadeiras no órgão que tem como função avaliar o orçamento de mais de 100 bilhões de euros ao ano do bloco, além de regular temas como transporte, normas trabalhistas e ambientais. Entre os concorrentes estavam não apenas políticos, mas atrizes de filmes pornô, astronautas e jogadores de futebol. Diante da complexidade de ter eleições realizadas em 25 países diferentes, a votação transcorreu ao longo de quatro dias. Para muitos governos, a votação serviria de teste para as eleições nacionais. E muitos não passaram nesse teste. Os resultados mostraram que os eleitores optaram por mostrar sua rejeição às escolhas políticas dos partidos da situação em vários países. Os eleitores britânicos, por exemplo, usaram as eleições para os "eurodeputados" para deixar claro seu descontentamento com o comportamento de Blair em relação à guerra no Iraque. No caso fracês, os socialistas receberam 30% dos votos e a eleição tornou-se um alerta para o governo de Jacques Chirac, que já havia perdido as eleições regionais em março. Na Itália, a coalizão de centro-esquerda teria derrotado o partido de Berlusconi, Forza Itália, segundo os primeiros resultados divulgados. Porém, uma das principais marcas dessas eleições foi mesmo a apatia generalizada dos cidadãos europeus. O Instituto Gallup apontou que apenas 44,6% dos eleitores compareceram, menor índice desde as primeiras eleições em 1979, quando a taxa foi de 63%.

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