Petroleiras estrangeiras poderão voltar a produzir na Venezuela, diz Maduro

Segundo o presidente, elas estão aptas a retomarem as atividades após Washington entregar novamente as licenças para a produção

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Por Redação
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As petroleiras que deixaram de operar na Venezuela como consequência das sanções impostas pelos Estados Unidos ao país poderão voltar às atividades, após Washington entregar novamente as licenças para a retomada da produção, segundo disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em entrevista a uma rádio argentina.

O presidente confirmou informações que os EUA já tinham antecipado ao anunciarem, em meados de maio, que suspenderiam certas sanções econômicas, incluindo a proibição da petroleira americana Chevron de negociar com a estatal venezuelana PDVSA, em troca da reativação do diálogo entre o governo de Maduro e a oposição no México.

O diálogo foi suspenso em outubro do ano passado devido a uma decisão unilateral do governo, em protesto contra a extradição do empresário Alex Saab - suposto testa de ferro de Maduro - para os EUA para enfrentar um julgamento por crimes de lavagem de dinheiro.

A refinaria El Palito, da PDVSA, localizada em Puerto Cabello, no Estado venezuelano de Carabobo  Foto: Marco Bello/Reuters

Segundo Maduro, que assegurou que já tinham sido concedidas várias licenças a empresas estrangeiras para a produção de petróleo e gás na Venezuela, a americana Chevron, a italiana Eni e a espanhola Repsol, que ainda não se pronunciaram, estão entre as empresas que se beneficiaram.

“Os Estados Unidos deram alguns passos pequenos, mas significativos, uma semana atrás, ao concederem licenças a Chevron, Eni e Repsol para iniciarem processos que levarão à produção de gás e petróleo na Venezuela para exportação para os seus mercados naturais”, disse o presidente em entrevista a uma estação de rádio argentina.

No entanto, Maduro assegurou que manterá as suas “exigências” para o levantamento de todas as sanções, mas não confirmou se, em troca, está disposto a cumprir com as da outra parte no que diz respeito a retomar o diálogo na Cidade do México. /EFE

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