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Polícia espanhola aguarda ordem para prender Isabel Perón

O juiz Raul Acosta ordenou na quinta-feira a prisão da ex-presidente argentina por suas supostas ligações com um esquadrão da morte durante seu governo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia espanhola afirmou nesta sexta-feira que está esperando um ofício da Interpol para executar uma ordem de prisão contra a ex-presidente Isabel Perón. Acredita-se que ela resida em Madri. A ordem de prisão foi expedida na quinta-feira pelo juiz argentino Raul Acosta que investiga a suposta conexão da ex-mulher de Juan Domingos Perón com esquadrões da morte durante seu governo antes que seu governo fosse derrubado num golpe, em março de 1976. Ela vive no exílio na Espanha desde 1981. Perón, terceira mulher de Juan Domingo Perón e agora na casa dos 70 anos, está sendo procurada pela Justiça por ter, durante seu breve governo, assinado três decretos exortando as forças armadas a reprimir os "elementos subversivos" durante o período turbulento que antecedeu à última ditadura argentina (1976-1983). O juiz Acosta também ordenou a prisão de Isabelita para que ela seja interrogada por suas ligações com o desaparecimento do esquerdista Hector Aldo Fagetti Gallego, em fevereiro de 1976. "A ordem da Interpol ainda não chegou", disse à Associated Press um porta-voz da Polícia Nacional Espanhola, falando sob anonimato. "Assim que chegar, vamos iniciar os procedimentos", afirmou. Ele acrescentou que a ordem de prisão da Argentina é enviada diretamente para a sede da Interpol, em Lyon, na França, e de lá para a Espanha. Uma vez que Isabelita tiver sido presa, será levada para a Corte Nacional, para o início dos procedimentos de extradição. Isabelita Perón governou a Argentina desde julho de 1974, depois que seu marido faleceu, até março de 1976, quando seu governo foi derrubado por um golpe. Durante seu governo, começaram a operar os esquadrões da morte anticomunistas, que mataram 1.500 pessoas.

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