O Ministério do Interior da Mauritânia declarou hoje Maaoya Sid´Ahmed Ould Taya, que governa o país há 19 anos, vencedor das eleições presidenciais realizadas na sexta-feira. Trata-se de uma nação de maioria árabe situada no extremo oeste do Deserto do Saara. Taya derrotou um político conservador islâmico, o qual acusou o governo de ter fraudado o pleito. A vitória do presidente Taya mantém a Mauritânia como uma rara nação árabe aliada aos Estados Unidos e a Israel. Durante seus 19 anos à frente do governo, a Mauritânia passou de um país que apoiou o regime de Saddam Hussein, durante a Guerra do Golfo, a uma nação que perseguiu simpatizantes do deposto líder iraquiano durante a atual guerra promovida pelos EUA no Iraque. De acordo com resultados ainda não-oficiais divulgados pelo Ministério do Interior, Taya foi declarado vencedor com 67% dos votos. O mais forte entre seus cinco concorrentes, Mohamed Khouna Ould Haidalla, conseguiu 19%, informou o ministério. Taya precisava de 50% mais um voto para evitar o segundo turno. O país nunca passou por uma transição pacífica e democrática de poder desde sua independência da França, em 1960. O próprio Taya chegou ao poder por meio de um golpe de Estado em 1984, derrubando Haidalla, na época líder de uma ditadura militar.