THE WASHINGTON POST - Quando a guerra na Ucrânia começou, os realistas da política externa em todo o espectro ideológico pensaram que o conflito seria um vitória fácil a favor da Rússia. Esse resultado teria a virtude da simplicidade estratégica.
Mas uma combinação de liderança brilhante de Volodmir Zelenski, coragem patriótica, armas fornecidas pela Otan e incompetência russa permitiram a David deter Golias. No entanto, em vez de ser convenientemente morto, o gigante está parando para reabastecer e reconsiderar suas opções.
Entre um grupo de realistas políticos, esse resultado chocantemente positivo em geral continua sendo uma derrota de longo prazo para os interesses americanos. O argumento é o seguinte: um impasse sangrento na Ucrânia não é apenas um pesadelo humanitário. Continuar esta guerra invencível causaria uma desestabilização geral.
Por quanto tempo a Europa permanecerá unida contra Putin quando os países enfrentarem escassez de energia, empregos perdidos e a realidade de acomodar mais milhões de refugiados além dos mais de 4 milhões que já fugiram?
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Dependência europeia e preço da energia
A economia dos EUA não é tão dependente economicamente da Rússia quanto a da Europa. Mas a interrupção dos mercados globais de energia – resultando na elevação do preço da gasolina – não colocará uma tremenda pressão política sobre Biden?
“Sem algum tipo de acordo com o Kremlin, o melhor resultado é provavelmente uma guerra longa e árdua que a Rússia vencerá de qualquer maneira”, disse Samuel Charap, da Rand Corporation. Tal conflito prolongado, ele alertou, “cimentaria o atual nível extremo de hostilidade entre a Rússia e o Ocidente”, o que prejudicaria os interesses dos EUA na estabilidade regional e global de longo prazo. “Por mais desagradável que seja chegar a um acordo com Putin após a carnificina que ele desencadeou, os EUA devem trabalhar para garantir uma solução negociada para o conflito mais cedo ou mais tarde”, disse Charap.
Unir seus povos para aceitar os encargos econômicos temporários necessários para enfrentar Putin é agora o principal desafio para os líderes europeus e o presidente dos EUA. Não será fácil, mas certamente será mais fácil do que seguir o exemplo de Zelenski.
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