O grupo terrorista Hamas libertou quatro israelenses na manhã deste sábado,25, depois de mais de um ano de cativeiro. As mulheres foram sequestradas de uma base militar durante um ataque terrorista liderado pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.
A libertação dos reféns faz parte de um acordo de cessar-fogo de 42 dias que entrou em vigor no domingo, 19, interrompendo os combates entre Israel e os terroristas do Hamas. O grupo terrorista concordou em libertar gradualmente 33 dos quase 100 reféns restantes em troca de mais de 1.000 palestinos presos por Israel e uma retirada militar parcial das tropas israelenses.
As sequestradas estavam trabalhando como “observadoras” para o Exército de Israel, relatando atividades suspeitas na fronteira. Durante o ataque liderado pelo Hamas, terroristas invadiram a base militar de Nahal Oz em Israel, matando mais de 50 soldados e sequestrando as mulheres, todas adolescentes na época.
Em maio, o Exército israelense divulgou um vídeo mostrando terroristas do Hamas amarrando as mãos de cinco mulheres, incluindo as quatro que foram libertadas neste sábado.

Saiba mais sobre as israelenses que foram libertadas:
Liri Albag
Em janeiro, o grupo terrorista Hamas divulgou um vídeo editado de Liri Albag, agora com 19 anos, falando por três minutos e meio, no qual ela disse que estava detida há mais de 450 dias.
Em uma declaração, a família dela afirmou que “seu grave sofrimento psicológico é evidente” no vídeo e pediu aos líderes que “tomassem decisões como se seus próprios filhos estivessem lá”. “Ela está a apenas dezenas de quilômetros de distância de nós, mas por 456 dias não conseguimos trazê-la para casa”, disse a família.

Karina Ariev
Karina Ariev, agora com 20 anos, ligou para os pais durante o ataque terrorista do Hamas, descrevendo os disparos de terroristas e os foguetes. Mais tarde naquele dia, sua família encontrou um vídeo do grupo terrorista Hamas postado nas redes sociais que mostrava Karina e duas outras mulheres em um jipe — seu rosto estava sangrando.
Em agosto, depois que Karina completou 20 anos em cativeiro, a sua irmã mais velha, Sasha Ariev, disse em um evento em Jerusalém que havia se mudado para casa dos pais após o ataque de 7 de outubro para ajudar sua família. Ela disse que a crise dos reféns estava consumindo toda a família. “Como posso dormir se não conseguimos trazer Karina e todos os outros reféns para casa?”, ela disse. “Como posso dormir se estou na minha cama e ela é uma refém?”

Daniella Gilboa
Daniella Gilboa, 20, é de Petah Tikva, no centro de Israel. Em julho, a família de Daniella divulgou um vídeo feito pelo grupo terrorista Hamas que eles receberam meses antes, que mostrava ela e Karina Ariev em cativeiro.
Em uma entrevista ao Maariv, um jornal israelense, o pai do namorado de Daniella Gilboa disse que a família estava sentindo emoções confusas sobre o vídeo. “Na família dela, há um sentimento de alívio ao lado de um sentimento de decepção”, ele foi citado como tendo dito.

Naama Levy
Naama Levy, que agora também tem 20 anos, mandou uma mensagem de texto para sua mãe de um quarto seguro no dia do ataque, de acordo com um site focado em defender sua libertação. “Nunca ouvi nada parecido”, ela escreveu. Um vídeo do grupo terrorista Hamas a mostrou sendo levada para Gaza.
Em uma entrevista para um documentário sobre violência sexual durante o ataque, Ayelet Levy Sachar, mãe de Naama, falou sobre o sequestro de sua filha. Ela foi vista em um vídeo do Hamas de pijama, encharcada de sangue.

“Eles estão agarrando-a pelos cabelos, e ela está toda machucada”, ela disse, acrescentando: “Gostaríamos de pensar que isso não seria possível. Que ninguém machucaria uma jovem. Mas então você simplesmente vê isso lá.”/com NYT