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Resgatados mais de 350 sobreviventes de naufrágio no Egito

Por Agencia Estado
Atualização:

Barcos de resgate retiraram 352 sobreviventes no naufrágio de uma balsa egípcia que pegou fogo no Mar Vermelho, informam autoridades egípcias e sauditas. Um número anterior, de 435 sobreviventes, fornecido por policiais neste sábado, foi desmentido. Enquanto isso, agentes de segurança tentam conter centenas de pessoas que tentam invadir o porto para obter informações sobre seus entes queridos. Há mais 1.000 pessoas que provavelmente morreram no desastre. "Ninguém conta nada", disse Shaaban el-Qott, da cidade de Quena, furioso depois de passar toda a noite nos portões do porto, aguardando por notícias de um primo. "Só queremos saber se está vivo ou morto". Referindo-se ao presidente do Egito, el-Qott disse: " Que Deus destrua Hosni Mubarak". Uma mulher histérica batia no portão de ferro do porto, para onde foram levados sobreviventes da balsa Al-Salaam Boccaccio 98. Autoridades portuárias não fornecem nomes de sobreviventes à multidão, que segue tentando romper a linha de tropas de choque. O navio afundou na madrugada de sexta-feira, enquanto a balsa, transportando pessoas e carros, viajava do porto saudita de Dubah para Safaga, cruzando o Mar Vermelho. Sobreviventes dizem que um incêndio irrompeu a bordo, escapou de controle e ouviu-se uma explosão. O navio aparentemente afundou sem sequer enviar um pedido de socorro. O passageiro Ahmed Abdel Wahab, de 30 anos, disse que o fogo começou no estacionamento, onde estavam os carros. Segundo ele, quando os passageiros começaram a entrar em pânico, tripulantes trancaram algumas pessoas nas cabines. Wahab disse que ficou 20 horas ao mar, agarrado a um barril e, depois, com um colete salva-vidas que retirou de um cadáver. O ministro dos Transportes do Egito, Mohammed Lutfy Mansour, disse que investigadores tentam apurar a causa do incêndio.

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