Milhares de pessoas procedentes de várias localidades do Reino Unido marcharam neste sábado pelo centro de Londres para pedir um imediato cessar-fogo no Líbano. A manifestação foi organizada por grupos como o Stop the War e por representantes da comunidade libanesa em Londres. O protesto começou no Hyde Park, passou pela embaixada dos Estados Unidos em Londres e chegou até a rua Whitehall, na qual ficam os principais ministérios e onde os organizadores depositaram o sapato de uma criança. Depois, líderes do protesto entregaram um documento pedindo trégua em Downing Street, a residência do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. Ao chegar à representação diplomática dos EUA, os manifestantes, cerca de 15.000, segundo cálculos da Polícia, e 100.000, segundo os organizadores, gritaram palavras como "Bush terrorista" e "Assassinos". Para o deputado trabalhista Jeremy Corbyn, que participou da manifestação, a marcha foi uma demonstração de unidade. Bianca Jagger, ex-mulher de roqueiro Mike Jagger, também esteve presente na passeata e pediu a Blair que solicite uma trégua imediata no Líbano. "Se não o fizer, estará criando mais ódio em vez de levar paz e segurança ao Oriente Médio e ao Reino Unido", disse. Bianca disse que, apesar de apoiar o objetivo da marcha, não concorda com alguns sentimentos contrários a Israel expressados na manifestação. "Eu apoio a existência de Israel e acho que nos equivocamos se dizemos outra coisa", acrescentou. "Mas ver imagens de crianças inocentes morrendo como temos visto nos últimos 24 dias não contribui para uma solução pacífica na região." Blair, que frisou que um cessar-fogo deve ser durável, decidiu na sexta-feira atrasar por alguns dias suas férias de verão para trabalhar a favor de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que peça uma trégua no Oriente Médio. Tel-Aviv Cerca de 4.500 pessoas se manifestaram neste sábado na cidade de Tel-Aviv contra a ofensiva lançada por Israel no sul do Líbano e a favor de um imediato cessar-fogo. A manifestação, que começou em uma rua do centro da cidade, foi convocada por grupos de extrema-esquerda, como o partido comunista Hadash, e organizações pacifistas. Segundo disseram à Efe participantes da marcha, membros do grupo Meretz, com representação parlamentar, também estiveram na passeata. Durante o protesto, foram ouvidos pedidos de um cessar-fogo imediato e palavras de ordem contra os confrontos. A organização Mulheres contra a guerra distribuiu panfletos nos quais se lia: "De Beirute a Kraiot (localidade ao norte de Haifa, Israel), as crianças querem viver". Outros participantes fizeram duras críticas ao governo liderado pelo primeiro-ministro Ehud Olmert, embora o ministro da Defesa, Amir Peretz, tenha sido o mais atacado. Viena Cerca de 350 pessoas marcharam neste sábado pelas ruas de Viena, na Áustria, para protestar contra a campanha militar israelense no sul do Líbano. Os manifestantes carregavam faixas com dizeres que repudiavam a guerra. O destino da passeata foi a embaixada norte-americana, localizada no centro da cidade. A polícia informou que o protesto, organizado por ativistas ligados à comunidade islâmica austríaca, foi pacífico. Matéria ampliada às 17h44
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